CALAU AFRICANO
Ordem: Bucerotiforme
Família: Bucerotidae
Nome popular: Calau-africano
Nome em inglês: Abyssinian ground-hornbill
Nome científico: Bucorvus abyssinicus
Distribuição geográfica: África
Habitat: Savanas e estepes áridas
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: 1 ovo é incubado durante 43 dias
Período de vida: 30 anos
Embora vivam em continentes diferentes e não possuam nenhum parentesco próximo, o calau-africano é freqüentemente confundido com os tucanos, aves brasileiras da família dos Ramphastídeos.
Para alguns, a única diferença é que os calaus costumam ser maiores e muitos apresentam uma espécie de “capacete” sobre o bico, cuja finalidade, já que nos machos ele é maior que nas fêmeas, provavelmente é a de atrativo sexual. Também pode ser útil como câmara de ressonância para as longas vocalizações que realiza ou um ponto de equilíbrio para o enorme bico. Aliás, são as únicas aves onde duas das vértebras do pescoço são fundidas em uma única estrutura, para que possam agüentar o peso que carregam.
O que acontece é que estas aves desenvolveram aquilo que os cientistas chamam de “evolução convergente”: necessidades iguais de forma e comportamento acabam por tornar muito parecidos dois tipos de aves que originalmente não tinham nenhuma semelhança. Tanto o tucano como o calau são aves que vivem principalmente de frutas, insetos e pequenos vertebrados, que habitam copas de árvores e nestas costumam andar aos saltos, em regiões florestais.
A diferença é que os Ramphastídeos, com aproximadamente 40 espécies, vivem assim na América do sul, enquanto os calaus vivem quase que do mesmo jeito na África e Ásia, com 54 espécies. Até mesmo sua forma de nidificação é parecida, com ninhos feitos em ocos de árvores. O número de ovos dos calaus menores também é igual ao dos tucanos, 2 a 4.
O calau-africano é uma das maiores espécies de calau, e nenhum tucano chega perto do seu tamanho, que é de até um metro, e peso de aproximadamente quatro quilos. Diferentemente de outros calaus, ele costuma colocar apenas um ovo, e a fêmea não fica restrita ao ninho durante a incubação. Sua dieta também é diferente, se alimentando mais de pequenos animais do que de frutas na natureza.