EMA
Ordem: Struthioniformes
Família: Rheidae
Nome popular: Ema, Nhandu
Nome em inglês: Greater rhea
Nome científico: Rhea americana
Distribuição geográfica: do nordeste brasileiro à Argentina
Habitat: Campos de gramíneas
Hábitos alimentares: Onívoro
Reprodução: posturas de 10 a 20 ovos cada fêmea do bando, postos juntos e chocados pelo macho. Incubação de aproximadamente 40 dias.
Período de vida: estimado em mais de 40 anos.
A ema, Rhea americana, pertence ao grupo das aves ratitas, que são aves de grande porte, pernaltas e que não voam. São as maiores e mais pesadas aves brasileiras, podendo medir até 1,70 m de altura e pesar até 34 kg.
Com penas de coloração acinzentada, os machos podem se distinguir das fêmeas pela mancha negra no pescoço, peito e dorso.
Sua alimentação é composta principalmente por folhas, frutas, sementes e insetos. São aves catadoras que andam e pastam a procura de qualquer pequeno animal que esteja a seu alcance.
Comem coquinhos e pedrinhas que auxiliam na trituração do alimento. São importantes dispersoras de plantas pois eliminam as sementes nas fezes.
As emas possuem três dedos enquanto os avestruzes africanos dois. Isso é uma adaptação para as aves que vivem constantemente no solo. Quando perseguidas, fogem em grande velocidade, podendo chegar até 60 km/h.
Quando o período de reprodução se inicia, o macho dominante expulsa os rivais e se junta a um grupo de até 6 fêmeas. Toda a preparação do ninhoé feita pelo macho, que utiliza alguma depressão no solo e coloca folhagens para acomodar melhor os ovos. O macho faz a incubação e o número de ovos depende do número de fêmeas. Cada fêmea pode colocar em média 10 a 20 ovos, cujo o período de incubação varia de 38 a 42 dias.
Logo após o nascimento, os ovos costumam exalar um odor forte que atrai algumas moscas. Estes insetos servem de alimento para os filhotes nos primeiros dias. O macho que cuida dos filhotes, ensinando-os a comer e dando toda a proteção que necessitam. Com 6 meses de vida, os filhotes já estão fortes e quase do tamanho de uma fêmea.
As emas são destaque no folclore brasileiro onde usam-se suas penas no bailado popular “bumba-meu-boi” e são encontradas em desenhos rupestres pré-históricos no Nordeste. Devido ao valor de suas penas, foi intensamente caçada, e hoje algumas subespécies estão em risco de extinção, agravado ainda pela ocupação irregular dos campos em que vive. Cientes deste fato, algumas escolas de samba já proíbem o uso de penas desta espécie para protegê-las dos caçadores.
Ocorre nesta espécie o fenômeno do albinismo, originando espécimes de rara beleza e muito apreciados pelos criadores de aves. Em natureza, estas aves albinas dificilmente sobrevivem, pois são facilmente avistadas por predadores.